19º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
Leituras:
Sb 18, 6-9; Sl 32(33); Hb 11, 1-2.8-19; Lc 12, 32-48
* Por Gabriel Frade
Vigiai e orai!
Na celebração
deste Domingo, as leituras nos apresentam a necessidade de vigiar e de esperar
em Deus. O livro da Sabedoria mostra a releitura de um dos momentos mais
importantes da história de Israel: a intervenção de Deus na libertação de seu
povo; o êxodo do Egito.
Na leitura, se
diz que Deus mostrara antecipadamente ao seu povo o que iria acontecer na saída
do Egito, como maneira de encorajar os temerários, fortalecendo a fé e, ao
mesmo tempo, fomentando a comunhão entre todos os membros do povo.
Também a nós,
Deus vem nos encorajar e fortalecer nossa fé neste Domingo. Revelando-se sempre
como um Pai amoroso: “Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de
Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a
herança que prometestes” (Oração do dia).
Ao fazermos
memória do Senhor nesta celebração, ele renova suas promessas para com cada um
de nós e nos convida a abraçarmos a fé através da sua Palavra proclamada.
No evangelho
Jesus nos adverte para estarmos prontos: com os rins cingidos e as lâmpadas
acesas. A mesma atitude do povo à espera da passagem de seu Deus na páscoa do
Egito.
Devemos estar
à espera Dele, sabendo que essa espera advém da consciência de sermos “o
pequeno rebanho” escolhido por Deus e a nós revelado por Jesus, quase como uma
forma de encorajar a nossa espera pelo Mestre e Senhor.
De fato, só
pode esperar aquele que ama, aquele que está certo de reencontrar o objeto de
seus desejos. Jesus quer soprar na cinza de nosso coração para que a brasa do
amor possa novamente arder e para que possamos fazer frente às exigências do
Reino.
Na segunda
leitura se faz menção às personagens bíblicas do AT, de modo particular à
figura de Abraão, o Pai da fé.
Assim como
Abraão, Deus se revela a cada um de nós como amigo, como aquele que nos
apresenta uma promessa já cumprida, porém,
pelo seu Filho. Assim como Abraão, somos chamados em nosso hoje a sair -
quem sabe - de uma vidinha quotidiana, talvez insossa, voltada para o nosso
próprio umbigo e a levantar nossas cabeças e a olhar para os céus, para nossa
pátria definitiva com o Ressuscitado.
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